Outro dia estive em um seminário muito importante sobre tecnologias, startups e coisas afins. Em uma determinada hora, o que eu entendi ser o clímax do evento, já que eu não sou especialista em assuntos de tecnologias, chamaram ao palco um sujeito com relevância reputação no seguimento.
Essa pessoa foi apresentada com inúmeras credenciais, insígnias, pompas e circunstancias. Ele era formado pela USP, pós-graduado em Harvard, mestrado em Columbia e especialista pela UCLA, pelo que me lembro. Havia sido listado por uma dessas revistas como um dos 10 melhores CEOs da América Latina. UAU!! Pensei comigo mesmo.
Quando o sujeito ultra gabaritado e repleto de diplomas tomou o microfone para dizer suas sábias palavras, tão aguardadas pelo público, o que se viu foi um fiasco total. O “mega” CEO das Américas mal encarava a sua plateia, olhava para baixo, coçava a cabeça compulsivamente e falava em um tom tão baixo que mal se ouvia.
O homem cheio de diplomas pareceu na frente daquela multidão como uma criança indefesa, insegura e frágil. Tudo por que não possuía, apesar de todo o conhecimento sobre tecnologias, as técnicas e habilidades da oratória (arte de falar em público).
A Comunicação é um dos grandes desafios do ser humano. Comunicação é ter compreensão e entendimento entre as pessoas, é tornar uma ação comum através da fala e das expressões corporais como um todo. Sem essa habilidade, qualquer “mega” se torna um qualquer.
Não espere que o conhecimento formal lhe deixe preparado para enfrentar situações como esta narrada. Não basta apenas saber falar ou ter domínio do conteúdo. É preciso muito mais! A comunicação verbal exige o máximo possível de contato visual, empatia, sinais não verbais de recebimento da mensagem, tais como balançar a cabeça, sorriso, gestos de compreensão, entre outros tantos.
Vale destacar o estudo realizado por Albert Mehrabian, doutor pela Universidade da Califórnia em Los Angeles ULCA, que monstra os componentes de uma comunicação face a face na qual: 55% representa a expressão corporal de quem está falando; 38% o tom de voz durante a conversação e apenas 7% as palavras usadas. É bom lembrar que existem técnicas e ferramentas para falar em público. A oratória é considerada uma ciência e reune estratégias que levam a pessoa a ter maior habilidade em ccomunicação.
Victor Pessoa
Instrutor Master Mind
Advogado, Pós-graduado em Direito Processual e Direito Civil, Sócio Fundador da P&P Advocacia. Consultor e Instrutor MasterMind, Terapeuta Comportamental, Especialista em Liderança, Inteligência Emocional e Comunicação Eficaz.
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